O início da Sexualidade

Muitos “atiradinhos” dizem por aí que sua sexualidade começou bem antes que dos amiguinhos, ali pelos 11 anos já sabia o que era beijo, já sabia “brincar de médico”, adorava ver a vizinha (ou o vizinho) andando de toalha pela fresta da janela. Provavelmente essas pessoas não sabem que essas tendências sexuais começam bem antes, e em todo mundo.

Não, não estou querendo banalizar o sexo, dizer que é normal ver crianças aos 5 anos fazendo sexo, porém a sexualidade é natural ao ser humano. Segundo Freud, o grande pai da psicanálise, as tendências sexuais e a busca pelo prazer já começam dentro do ventre materno.


Quem nunca viu uma fotinho de ultra-som em que o bebê está chupando o dedinho? Fofo, hum? Ali está presente a primeira fase da sexualidade segundo Freud. É a fase oral, em que a área erógena é a boca. Isso acontece até cerca de dois anos de idade. Tudo a criança quer colocar na boca. Depois, dos 2 aos 3 anos, incia-se a fase anal. Admito que essa é uma fase que eu acho pouco entendível. As crianças tem prazer em fazer e/ou segurar as próprias fezes. Nessa fase também que elas adoram tudo quanto é coisa suja. Fazer bonequinhos, esculturas, ou nada, com argila, massinhas e coisas que lembrem as fezes pode ser a solução ideal.


Após três é que começa a fase que os pais temem: a fase da pré-genitália. As crianças começam a tocar os próprios órgãos sexuais, começam a explorá-los. Alguns teóricos acreditam que nessa fase começa a masturbação na infância, embora outros dizem ser bastante raro esse acontecimento.




De qualquer maneira, é também nessa fase em que as famosas perguntas “De onde viemos?” ou “Como as mulheres ficam grávidas?” começam a surgir. Fernanda Roche, psicóloga clínica, afirma que não é recomendado aos pais mentir para os filhos. É fácil entender o motivo: hoje em dia praticamente todas as casas possuem televisão, a internet tem ficado acessível a cada vez mais brasileiros, pais moderninhos sempre contam para os amiguinhos e a informação chega distorcida.


É, portanto, importante encarar a sexualidade como um fato natural, desde cedo. Sem que caia na banalidade, contando-se para a criança mais que ela queira saber, dando informações desnecessárias e eróticas às crianças, tema que é bastante discutido por educadores e pais. Será mesmo construtivo pais colocarem menininhas de micro-roupas ou meninos vendo mulheres semi-nuas? Brincadeiras como “Tá namorando com quem, fulaninho?” ou ensinar a dar beijinhos ajuda na construção de um caráter sexual maduro ou apenas ajuda na erotização?


O recomendado é, como já dito acima, falar responder apenas o que foi perguntado. Nunca mais que isso. A criança precisa crescer, desenvolver-se sentimentalmente, para que possa passar por essa fase de perguntas e entrar – ai sim no garoto “super-desenvolvido” lá em cima de 11 anos – na fase sexual propriamente dita.

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