Debaixo dos caracóis dos seus...

O verão está se aproximando e cada vez mais os pentelhos ficam em baixa. Não, não se engane, não estou falando do blog, mas sim dos famosos pêlos pubianos. Senta que lá vem história.

Comecemos com a parte séria da coisa. Os pêlos pubianos são necessários para a proteção da região intima da pessoa. São esses pêlos que não deixam que alguns tipos de contaminações penetrem os genitais, principalmente na vagina, que é um órgão interno. Por isso é necessário que você saiba a medida certa e não cometa exageros na hora de tirar os pentelhos. Por outro lado há quem diga que retirar os pêlos, ou pelo menos o excesso deles, é fundamental para que se mantenha uma boa higiene. Pensemos: vivemos no Brasil (ou pelo menos 98% das pessoas que lêem esse blog), um país quente, sol o ano todo, muito suor. Querendo ou não, excesso de pêlos em um local com pouca ventilação causa um desconforto sensitivo e olfativo, em pequenas ou grandes proporções. Por isso se vê tão necessário o maior cuidado com os pentelhos.

Só se engana quem acha que esse status por depilação surgiu recentemente. Datam-se depilações estéticas desde a Antiguidade. Até mesmo Cleópatra era adepta à moda, e mais, ela usava cera quente. Há registros de vários “tônicos” depiladores espalhados pela História e feitos com os mais diversos componentes químicos, inclusive SODA CÁUSTICA!

"Parecia um monte de arame farpado" Miro Moreira.

E quando se diz “depilação íntima”, não pensem que são só as mulheres não. Nos dias de hoje, dizem que quem começou com a moda de depilação entre os homens foram os gays mas os héteros só se renderam de vez à essa prática depois que começaram a rotular os mais vaidosos de metrossexuais.

Tá tudo muito bom, tudo muito bem, mas... mas... mas... e aí? Qual será o penteado do verão? Ou o mais adequado para o dia-a-dia? Isso depende exclusivamente do conforto e do estilo de cada pessoa, homem ou mulher. Nos dois casos, listamos aqui o top 5 das nossas conversas de boteco pesquisas informais de penteados unissex:

1. Máquina zero

Alguns dizem que é rápido e prático; outros dizem que é mais convidativo na hora do sexo oral, porque a ausência total de pêlos torna o visual mais limpo.

2. Jardim bem aparado

Há quem prefira uma “graminha” cultivada porém, bem cuidada e devidamente aparada. Ouvimos de alguns homens dois motivos bem específicos e interessantes. Uns acreditam que a presença do pêlo caracteriza mais a região pubiana, tornando-a mais atraente. Já outros, dizem simplesmente que a ausência dos pentelhos remete muito à infância, gerando uma associação muito desconfortável com pedofilia ou algo parecido.

Um motivo bem feminino para esse “visual”, é o fato de que a depilação constante costuma provocar um escurecimento da pele na área depilada (principalmente entre morenas e negras), e as mulheres optam por evitar ou disfarçar esse “detalhe”.

3. Carimbo

Aqui, dependendo do seu humor, você faz o que quiser: estrela, sino, borboleta, coração, lua, escudo do seu time. Esse é o preferido da galera que não teve infância gosta de participar da depilação do parceiro. Quem já assistiu “O homem que desafiou o diabo” sabe do que estamos falando ;)

4. Woodstock

Não precisamos desenhar pra você esse cenário de “liberdade” na região íntima. Mas, sinceramente, na nossa pesquisa informal pudemos concluir que o público entusiasta do estilo Rapunzel é, digamos, escasso. Portanto, só podemos listar um motivo para gostar do look: tara. E tara não se discute, gente. Solte as tranças e seja feliz. Não é, Claudinha?

1985 - o ano que não depilou.

O ponto positivo

Engana-se quem pensa que conhece todas as partes do seu corpo. Existem pontos que muitas vezes são imperceptíveis, esses podem nos trazer sensações desconhecidas, prazerosas ou não, mas isso vai depender de pessoa pra pessoa. Porém há um ponto não muito explorado, mas que todos possuem: o Ponto G, ou ponto de Gräfenberg.

Segundo o wikipédia, ponto G é uma pequena área na mulher atrás do osso púbico perto do canal da uretra e acessível através da parede anterior da vagina. (alguém mais achou que precisa de um GPS para encontrá-lo?) Bom, de forma mais simples, teoricamente não seria um ponto, mas uma área da vagina extremamente sensível, localizada na parede anterior, cerca de 2 a 5 cm de sua entrada.

Os praticantes do sexo tântrico dizem que o ponto G existe há milhares de anos, ou desde sempre, mas ele só foi descoberto na década de 50 pelo ginecologista alemão Ernest Gräfenberg.

A maior dificuldade para as mulheres, ou para seus parceiros, é encontrar o tão falado ponto G. Algumas relatam que não o possuem, mas na verdade é que elas não conseguiram identificá-lo. A área onde se localiza o ponto G tem uma textura mais grosseira, mais ou menos como a de uma amêndoa, enquanto o resto da vagina é mais delicada. Há relatos de pessoas que disseram sentir um prazer inimaginável através do ponto G. Segundo especialistas, as mulheres possuem dois tipos de orgasmo, o clitoriano e o vaginal. O responsável pelo orgasmo vaginal, no caso seria o ponto G.

E quem acha que o Ponto de Gräfenberg existe apenas nas mulheres está enganado. Os homens também o possuem, porém a grande maioria não sabe ou tem preconceito pelo fato dele se localizar numa área digamos não muito explorada pela maioria masculina. (ou não)

O ponto G masculino localiza-se na próstata, abaixo da bexiga, um pouco atrás dos testículos. Entendeu o porquê do preconceito com o Ponto G masculino? Não? Então leia como encontrá-lo aqui! e tire suas próprias conclusões.

Existem também relatos de homens que disseram que sentiram imenso prazer ao explorar o ponto G no ato sexual. Para entender melhor a localização do ponto G masculino, o sexólogo Joaquim Guilherme de Castro explica que "Antes e durante o orgasmo, um músculo chamado pubococcígeo comprime a próstata, que é uma glândula muito sensível. É essa compressão que dá a sensação de prazer". Sendo assim, se a próstata for estimulada através do toque manual durante a relação sexual o prazer sentido pelo homem pode aumentar de forma a lhe proporcionar algo jamais sentido.

Bom, para que haja uma busca maior pelo prazer entre casais é importantíssimo que ocorra o consenso por ambas as partes, ou seja, que os dois concordem em explorar áreas até antes restrita para os mesmos. Assim sendo a relação será mais prazerosa, agradando a gregos e troianos.

Ele não monta na lambreta

""Quando vê mulher, ele fica doido / Quando vê mulher, ele fica doido / Mas dá chilique na hora... na hora H

Ele não monta na lambreta / Ele não monta na lambreta / Ele não monta na lambreta" \o/

Chiclete com Banana

"Posso atestar que os dois maiores medos dos homens são: broxar e ser corno. Pode dar uma risadinha e achar que estou sendo frívolo, mas acredite, não existe medo maior no mundo para nós. É claro que nos preocupamos com nossos filhos, mulheres, parentes, empregos, inflação, futebol, mas, MEDO mesmo, esses dois são os maiores. "

Macho de Respeito (veja no Humanopossível o texto na íntegra)

Broxar

v.t. Pintar com broxa ou pincel grosso. / &151; V.i. Chul. Perder, ocasional ou definitivamente, a potência sexual; tornar-se broxa.

Provavelmente todo mundo já ouviu uma ou outra coisa sobre motivos que levam o cara a perder o entusiasmo na hora do bem bom, e isso inclui questões complexas como insegurança, euforia exagerada (esses dois no caso de primeiros encontros); e preocupações extra-cama do tipo conta bancária no vermelho, time na zona de rebaixamento, mãe doente e ameaça de demissão.

Se fôssemos explicar cada um desses detalhes o post seria quase inútil, creio eu, porque considero que esses aspectos estão todos meio que fora das possibilidades da parceira ajudar. Nesses casos, as palavras mágicas são simplesmente PACIÊNCIA e CUMPLICIDADE.

Portanto, para tornar esse texto realmente útil, trazemos os motivos de broxada que são possíveis ( e necessários!) evitar. Por hoje puxaremos a orelha das mulheres e, numa próxima ocasião, vamos zoar abordar o lado oposto. Machos, não pense que esqueci de vossas cuecas furadas.

Duas palavras definem: BOM. SENSO. Apesar de muita gente considerar que homem topa tudo a toda hora e nunca deve "negar fogo", não é bem assim que a banda toca. Tem coisa que nem São Jorge, meu bem.

Existem basicamente três coisas que todo homem odeia (ou deveria odiar), e são motivos mais que suficientes para o rapazinho não montar na lambreta.

1. - Falta de higiene;
2. - Propaganda Enganosa;
3. - Comparações Desnecessárias.

Sobre o primeiro item, separei esse trecho do blog Pergunte Ao Urso:

"Não exagere na tosquice, um ou outro item em falta, tudo bem, mas tem gente que resolve testar a masculinidade do cidadão e usar uma calcinha da vovó, andar com o mato nas alturas e, ainda assim achar que é muito bom navegar no Mar Vermelho, tudo ao mesmo tempo. Só falta ter esquecido o desodorante!"

Para mais detalhes, mais propriedade e menos pudor no vocabulário, dá pra ver o post completo aqui.

A propaganda enganosa é um troço realmente chato e feio. Imagine vocês naquele climão, a coisa toda ficando boa e quando a mulher tira a roupa, a decepção vem em duas prestações:

Arrasei!

Primeiro a moça está vestida com aquela armadura que chamam de "cinta redutora de medidas" ou sei lá o quê. Daí quando a pessoa finalmente se livra daquilo, o cara descobre que era melhor deixar lá.

Se a intenção é impressionar, é sempre bom valorizar o que você realmente tem. De resto, aceite as preferências das pessoas e se cuide, oras. Corra atrás do prejuízo.

O último item é quase auto-explicativo, mas como eu não costumo deixar as pessoas na mão vamos destrinchar.

Assim como as mulheres, os homens também adoram ser elogiados, é essencial para a manutenção do ego e da ereção. Mas, por favor, o parceiro não quer saber o quanto a mulher rodou você "viveu" para chegar à conclusão de que ele é o melhor. Outro ponto delicado nessa área é o "tamanho da criança". Como você já viu nesse blog, os caras dão realmente muita importância a isso, mas! Eles juram que é preferível você ficar calada, do que olhar para um pênis visivelmente pequeno e dizer coisas como "nossa! será que vai caber?" Aí sim ele pode se tornar ineficiente. Mentira descarada não rola. Trocar o nome do parceiro também é muito #FAIL, não precisamos nem dizer o motivo.

Seja qual for a razão da broxada, a sinceridade é fundamental. Quem nunca broxou, um dia vai broxar; e a melhor forma de contornar a situação é identificar o que está impedindo o prazer e conversar abertamente sem deixar de lado o respeito.

O Urso (de quem eu virei fã desde a noite passada) garante:

"5% dos homens afirmam ter broxado pelo menos uma vez na vida, 95% mentem."

Com a boca na butija!

Porque limitar-se na hora do prazer? Ao contrário do que muitos pensam, sexo não está relacionado apenas à penetração. Ambas as partes podem descobrir o prazer onde menos imaginam, sem pudor e sem preconceito, basta ter criatividade e, é claro, bastante intimidade com seu parceiro(a).

Uma das melhores formas de fugir da tão temida rotina sexual é a prática do sexo oral (creio eu). Usar a boca sempre foi uma pratica nossa, desde quando éramos bebezinhos. Calma, não se assuste! Não estou dizendo que fazíamos sexo oral quando criança. O que estou tentando esclarecer é que usávamos a boca, também, para descobrir o mundo. E por que não usá-la agora para sentir prazer?

O sexo oral consiste em toda atividade sexual onde ocorre estimulo dos genitais com a boca, a língua e possivelmente com a garganta (Sim, você já deve ter visto alguém com o apelido de garganta profunda!). Porém, milhares de pessoas têm dúvidas e até mesmo medo em relação a essa prática, criando assim os famosos tabus.

Segundo a urologista e terapeuta sexual Sylvia Marzano, de São Paulo, “os motivos dos tabus muitas vezes estão associados ao nojo, aversão ao cheiro ou gosto”. Dessa forma aconselha-se que se usem preservativos com sabor, tornando assim o sexo oral uma prática mais agradável e saborosa.

A grande dúvida a respeito do sexo oral é se há chances de contrair DSTs. Sim, existe essa possibilidade, ainda que especialistas digam que são pequenas. Bom, preciso nem dizer qual a melhor forma de prevenção nesse caso né?! Vamos lá, ganha um doce quem acertar!

Isso mesmo! O uso do preservativo pode evitar contrair doenças como Herpes, HPV e até mesmo a AIDS.

Mas você, homem, que está lendo essa matéria e está na dúvida se pode fazer sexo oral seguro na sua parceira, eu lhe afirmo que PODE! Para quem não sabe, existem preservativos de língua, tornando mais seguro o sexo oral em mulheres. E, segundo a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, pode-se rasgar uma camisinha em retângulo e colocá-la na vagina ou mesmo usar insulfilm de cozinha para se obter um sexo oral mais seguro.

O importante é sentir prazer mantendo-se saudável.

PS. Para quem gosta, existe também camisinha com sabor de cerveja. Só vai ser, digamos, desconfortável para quem for usar se por acaso a outra pessoa gostar de uma “loira bem gelada”.

(Eu aprovo!)

Tapa de amor não dói?

Muito se engana quem diz que um tapinha de amor não dói. Essas pessoas não devem conhecer os verdadeiros sádicos e masoquistas. Mas antes de abordarmos o assunto Sadomasoquismo (ou Algolagnia) precisamos entender quais são as pessoas que participam e se existe o sadomasoquista ou se é impossível.

Primeiramente falaremos do masoquista que é uma pessoa com uma tendência que busca prazer ao sentir dor ou ser torturado psicologicamente, essa busca pelo prazer de sentir dor pode ser mediante a humilhação e dominação, o que podemos entender que o prazer vem principalmente do fato dele se sentir inferior ao parceiro sexual. E não são só as brincadeirinhas casuais não. Essa necessidade é contínua. Uma vela de vez em quando, um chicotinho de couro não resolve tão facilmente.

O sádico sente prazer ao fazer a outra pessoa sofrer, seria o inverso do masoquista. Ele se torna cruel, bárbaro em certos momentos, é aquele que amarra, dá palmadas, espanca, chicoteia, queima, entre outros atos maníacos, isso tudo faz com que ele sinta o prazer. E não leia isso como se ele apenas imaginasse que está realmente machucando outra pessoa, ele precisa machucar para então sentir prazer, apenas a imaginação não o ajuda em nada.

Todo dia não é normal

Os sádicos e os masoquistas, normalmente possuem algum distúrbio na infância, algo lá atrás que o faz precisar de controle sobre outra pessoa, ou ser controlado por outro alguém.

Então entendendo o que o sádico e o masoquista são podemos fazer um perfil sadomasoquista, porém não podemos confundir as coisas: o sádico não tem a tendência de ser masoquista, muito menos o masoquista de ser sádico, então o sadomasoquismo é a ação efetuada pelos dois, é o encontro de um sádico com um submisso, ou um masoquista com um dominador. E nem sempre acontece o envolvimento sexual com penetração, eles apenas precisam sentir o prazer, como se fosse uma masturbação mútua.

Existe também o fetichismo, que seria a clássica imagem de Dominatrix: máscara, espartilho de couro e um chicote nas mãos, gritando. Essa imagem é a que se vende, porém não é algo característico do sadismo ou do masoquismo. O sadismo é uma prática, e não uma fantasia, mesmo que isso pareça se confundir ao ser visualizado, o que os faz serem diferente é a forma de interação entre ambos. Entendemos isso como o fetichista utiliza das roupas e fantasias para sentir prazer, enquanto o sádico necessita da real sensação de dominação e/ou de causar dor a outra pessoa.

Se toca!

Errou quem leu o título desse post e achou que ia ser sobre masturbação. AINDA não! ;)

Hoje vamos falar de um tipo de toque mais sério e muitas vezes menos conhecido; um gesto simples que quando ignorado pode custar a saúde de homens e mulheres.

O auto-exame (toque) é uma importante ferramenta para o diagnóstico precoce do câncer de mama que, apesar de ocorrer com mais frequência nas mulheres, tem atingido cada vez mais pessoas do sexo masculino. Segundo informações do Ministério da Saúde, apesar da doença ser mais diagnosticada entre as mulheres, é nos homens que ela tem mais chance de se agravar, justamente pelo diagnóstico tardio, quando o tumor maligno já está em estágio avançado.

Aliás, vale comentar que muitos homens às vezes até esquecem que têm MAMA! Tamanha a atenção que dispensam apenas lá pra baixo!

A falta de informação e de intimidade com o próprio corpo são os principais focos de ataque do Outubro Rosa, movimento surgido em 1997 nos Estados Unidos, e que tem como objetivo conscientizar e combater o câncer de mama.

A mobilização acontece durante todo o mês de Outubro - mês do combate ao câncer de mama - e pretende colorir o mundo de rosa, para chamar atenção para a causa.

Aqui no Brasil, o primeiro grande ato apareceu ontem (dia 05), de braços abertos. O Cristo Redentor ROSINHA DA SILVA!

No Brasil, o movimento vai iluminar monumentos e pontos importantes de outras capitais, como Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Mas o Outubro Rosa não é feito somente de grandes ações. No site Mulher Consciente tem bastante informação aprofundada e também várias dicas de como você pode colaborar - individual ou coletivamente - com a campanha. Além disso, foi lá que eu descobri que, para mulheres a partir dos 40 anos, já é garantido por lei o direito ao exame de mamografia uma vez por ano pelo SUS. Esse exame é o método mais eficaz para o diagnóstico do câncer e deve ser realizado quando detectada alguma anormalidade no auto-exame, e pelo menos a cada 12 meses para HOMENS E MULHERES que se aproximam da meia-idade.

A matéria divulgada no portal G1 diz que, "De acordo com a American Cancer Society, cerca de 1,3 milhão de mulheres no mundo são diagnosticadas com câncer de mama anualmente, e 465 mil morrem por causa da enfermidade."

Veja você que até mesmo as informações divulgadas na mídia, são sempre direcionadas às mulheres, e excluem ou omitem a parcela masculina atingida pela doença, ou até mesmo minimizam a importância que o homem, mesmo quando não afetado, tem dentro da campanha.

A mastologista Maira Caleffi, presidente da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) ressaltou, no lançamento da campanha:

"A mulher precisa se conscientizar de que a mama é sua, não é do marido, nem do filho."

Esse tipo de consciência também tem que partir do outro lado. Maridos e filhos também precisam pensar e enxergar a saúde das mulheres que têm em casa, o cuidado com quem se ama. Esse vídeo de campanha expressa sutilmente essa relação.

O seio não pode ser visto apenas como fonte de prazer ou alimentação. Extrapolando esse pensamento, mesmo que ainda existam homens que pensam assim, o câncer de mama só prejudica/impossibilita ainda mais o exercício dessas "funções".

Então, se você é do times dos machões que abominam rosa, tente começar por esse raciocínio mais curto. Aguardamos ansiosamente o momento da sua evolução.

Se toquem! - literalmente ;)

No blog A Vida Como a Vida Quer, a super engajada Sam Shiraishi fez uma cobertura completa do lançamento da campanha "Não queremos informação pela metade" e ainda acrescenta alguns dados de pesquisas para enriquecer o texto. É uma excelente dica de leitura.

Acredito que esse post já está fazendo a sua parte pela campanha e, modestamente, até mesmo enriquecendo-a ao tentar incorporar sempre que possível a inclusão masculina nesse todo. Como já foi dito, ao fazer a pesquisa para esse texto, notei a pouca ou nenhuma participação do masculino nesse universo rosa do combate ao câncer de mama. A gente nunca simpatizou muito com o feminismo exagerado, mesmo.

Fim do Silêncio

Um dos momentos mais importante para a vida de quase toda mulher é a gravidez. O famoso “estado interessante” faz com que ela se sinta mais mulher, dona e geradora de uma vida. Porém nem sempre essa gravidez é esperada. Estupro, camisinha que estoura, pílula anticoncepcional que não funcionou, enfim, são diversos os casos em que ela pode ficar grávida sem querer. E aí?

A maioria delas vai levar esse “estado” até o fim, tendo o seu filho, criando-o como se fosse esperado, mas outras não querem e/ou não podem ter essa criança, partem, então, para o aborto.

No Brasil o aborto é visto como crime contra a vida, pelo Código Penal Brasileiro. Isso quer dizer que se você aborta, você pode responder perante a justiça brasileira pelo seu crime e pegar de 1 a 10 anos de prisão. Pode responder por que não há fiscalização em relação às clínicas de aborto no país (embora recentemente algumas clínicas tenham sido fechadas pelo país, isso é quase uma exceção à regra). Isso sem contar que o aborto pode ser feito em casa e parecer espontâneo.

Há apenas duas hipóteses para que a mulher possa abortar sem ser punida: quando há risco de vida para a mãe ou quando a gravidez provém de um estupro. Há também casos de que mães de fetos sem cérebro pedem à justiça que o aborto não seja punido.

Hoje correm debates por todo o país sobre a legalização do aborto. Desde a Câmara dos Deputados e Senado, até as universidades e escolas de todos os níveis. Muitos especialistas vêem o maior impedimento nessa discussão os pontos de vista teológicos, moral e ético, deixando de lado todo o aspecto político da discussão que é exigido.

Na verdade confesso que me alonguei demais nesse post. Minha intenção inicial era apenas colocar esse vídeo (abaixo) sugerido pela @anacronicas via Twitter, porém achei necessário alguma introdução ao assunto. Achei um trecho no Youtube do “Fim do Silêncio”, que é um documentário em que mulheres debatem, sem se esconder, os motivos que as levaram a abortar, deixando de lado problemas religiosos que isso poderia causar a elas, da discriminação sofrida, a aceitação familiar, enfim, toda forma de desincentivo que elas poderiam ter sofrido.

Vale a pena assistir o documentário que irá passar hoje, dia 1° de outubro, às 23:10 horas na TV Cultura (chamada feita no jornal Estadão). Há, no final do vídeo, o contato da realizadora do documentário. Em breve haverá, também, na UFV, um debate sobre a legalização do aborto. Com mais detalhes eu volto a postar sobre isso por aqui.

Atualização: O debate que eu tinha avisado acima sobre a legalização do aborto na UFV acontecerá no dia 7 de outubro, à partir das 19h no Auditório da Biblioteca Central. Vale a pena conferir o espaço que tem apoio da Marcha Mundial das Mulheres, Assessoria de Movimentos Sociais da Zona da Mata e do professor Leonardo Civale, do departamento de Geografia.